sexta-feira, 24 de maio de 2013

Bucareste
Antes da minha ida para Bucareste tentei junto do site das comunidades portuguesas saber mais sobre a cidade, li que devíamos ter cuidado com os cães que andavam na cidade e que se podiam tornar perigosos, que não devíamos nunca andar com documentos em original, deixá-los no hotel ou em casa, que as estradas eram perigosíssimas mas, na minha opinião o que encontrei foi ligeiramente diferente e, ainda bem.
Em relação aos cães, verdade, a quantidade de cães soltos que se encontram em Bucareste e noutras cidades da Roménia, é impressionante, no resto, não notei nada do que me foi transmitido, encontrei uma cultura um pouco diferente da nossa mas no geral pessoas muito simpáticas e sempre disponíveis para ajudar, verdade que a língua era um problema mas nada que não nos deixasse concretizar as necessidades.
Bucareste é uma grande capital, tem locais maravilhosos e tem uma coisa para mim fascinante, é cheia de jardins com muita água sempre. No tempo mais quente os parques estão sempre cheios de pessoas que ali vão passar o dia.
A cidade é conhecida pela Paris de Leste, tem um arco do triunfo, a condução na cidade não é fácil, tem muitos “artistas” da estrada e temos que criar uma habituação a isso mesmo, nada que retire o fascínio da cidade. A zona velha da cidade com os seus milhentos bares e restaurantes típicos é muito agradável e fica sempre a vontade de lá regressar no dia seguinte.
Em termos de bens de 1ª necessidade encontrei Hipermercados maiores ainda que os que temos em PT, notei apenas a falta das nossas pastelarias onde entramos para uma bica e um pastel de nata, nos tempos que lá passei não era fácil encontrar um café, há muitas esplanadas espalhadas pela cidade que regra geral estão cheias desde que o tempo assim o permita.
Não é uma cidade nova, tem muitos traços que ficaram do período vivido pela Roménia nos tempos da ditadura que sofreram. Reparei que em termos de viaturas nunca tinha visto uma diferença tão grande em relação ao topo e ao fundo, vemos carros com idades impressionantes ainda a andar e muitos, muitos mesmo, vemos depois ao mesmo tempo os verdadeiros topos de gama que circulam pela cidade e que deixam perguntas na cabeça, é vulgaríssimo encontrarmos, Ferraris, Bentleys, Mazeratis, BMW sempre da série 5 para cima, Mercedes de topo, Audis.
Fui por 3 vezes assistir a jogos de futebol entre a principal equipa da Roménia, o Steaua e é verdade que os romenos vivem o futebol ainda mais ferverosamente que nós, os estádios têm sempre uma carga policial muito grande e a revista é mesmo feita, abrir carteiras, bolsos, vêm tudo.
Tive a felicidade de viver em zona muito calma onde me podia deslocar a qualquer local com alguma rapidez, é uma cidade que tem ainda défice de infraestruturas, tem elétricos a circular, a rede de Metro não é grande mas, o suficiente para a cidade, passa nos pontos todos estratégicos.
Vivi em Bucareste e na Roménia as maiores amplitudes térmicas, estive com -22º nas montanhas e +42º em Bucareste no verão, estar com -22º não é o que parece, é seco o que faz com que não tenhamos a noção da temperatura, já os 42º são mesmo quentes, íamos para uma das piscinas existentes na cidade para passarmos os domingos.
A Alimentação boa, muitos grelhados essencialmente e tinham uma carne grelhada tradicional “Micci” que era simplesmente fabulosa. Igualmente uma cerveja de origem romena que era vendida em latas de 0,5 l, “Ursus” que aconselho vivamente a provarem.
É uma cidade que me deixou boas recordações e que me vai levar lá outra vez, tenho a certeza disso.

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