Bucareste
Antes
da minha ida para Bucareste tentei junto do site das comunidades portuguesas
saber mais sobre a cidade, li que devíamos ter cuidado com os cães que andavam
na cidade e que se podiam tornar perigosos, que não devíamos nunca andar com
documentos em original, deixá-los no hotel ou em casa, que as estradas eram
perigosíssimas mas, na minha opinião o que encontrei foi ligeiramente diferente
e, ainda bem.
Em
relação aos cães, verdade, a quantidade de cães soltos que se encontram em
Bucareste e noutras cidades da Roménia, é impressionante, no resto, não notei
nada do que me foi transmitido, encontrei uma cultura um pouco diferente da
nossa mas no geral pessoas muito simpáticas e sempre disponíveis para ajudar,
verdade que a língua era um problema mas nada que não nos deixasse concretizar
as necessidades.
Bucareste
é uma grande capital, tem locais maravilhosos e tem uma coisa para mim
fascinante, é cheia de jardins com muita água sempre. No tempo mais quente os
parques estão sempre cheios de pessoas que ali vão passar o dia.
A
cidade é conhecida pela Paris de Leste, tem um arco do triunfo, a condução na
cidade não é fácil, tem muitos “artistas” da estrada e temos que criar uma
habituação a isso mesmo, nada que retire o fascínio da cidade. A zona velha da
cidade com os seus milhentos bares e restaurantes típicos é muito agradável e
fica sempre a vontade de lá regressar no dia seguinte.
Em
termos de bens de 1ª necessidade encontrei Hipermercados maiores ainda que os
que temos em PT, notei apenas a falta das nossas pastelarias onde entramos para
uma bica e um pastel de nata, nos tempos que lá passei não era fácil encontrar
um café, há muitas esplanadas espalhadas pela cidade que regra geral estão
cheias desde que o tempo assim o permita.
Não
é uma cidade nova, tem muitos traços que ficaram do período vivido pela Roménia
nos tempos da ditadura que sofreram. Reparei que em termos de viaturas nunca
tinha visto uma diferença tão grande em relação ao topo e ao fundo, vemos
carros com idades impressionantes ainda a andar e muitos, muitos mesmo, vemos
depois ao mesmo tempo os verdadeiros topos de gama que circulam pela cidade e
que deixam perguntas na cabeça, é vulgaríssimo encontrarmos, Ferraris,
Bentleys, Mazeratis, BMW sempre da série 5 para cima, Mercedes de topo, Audis.
Fui
por 3 vezes assistir a jogos de futebol entre a principal equipa da Roménia, o
Steaua e é verdade que os romenos vivem o futebol ainda mais ferverosamente que
nós, os estádios têm sempre uma carga policial muito grande e a revista é mesmo
feita, abrir carteiras, bolsos, vêm tudo.
Tive
a felicidade de viver em zona muito calma onde me podia deslocar a
qualquer local com alguma rapidez, é uma cidade que tem ainda défice
de infraestruturas, tem elétricos a circular, a rede de Metro não é grande mas,
o suficiente para a cidade, passa nos pontos todos estratégicos.
Vivi
em
Bucareste e na Roménia as maiores amplitudes térmicas, estive com -22º
nas
montanhas e +42º em Bucareste no verão, estar com
-22º não é o que parece, é seco o que faz com que não tenhamos a noção
da temperatura, já os 42º são mesmo quentes, íamos para uma das piscinas
existentes na cidade para passarmos os domingos.
A
Alimentação boa, muitos grelhados essencialmente e tinham uma carne
grelhada tradicional “Micci” que era simplesmente fabulosa. Igualmente
uma cerveja de origem romena que era vendida em latas de 0,5 l, “Ursus” que
aconselho vivamente a provarem.
É
uma cidade que me deixou boas recordações e que me vai levar lá outra vez,
tenho a certeza disso.